sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Boia- Fria l Escravidão no Brasil hoje.

Boia- Fria.

O que é?
Boia- Fria são trabalhadores que vivem no campo, muitas vezes analfabetos, e sem nenhuma profissão por serem explorados recebendo um salário decadente. São chamados assim, "Boia- Fria", por suas marmitas, que levam para o trabalho bem cedo, estarem frias na hora do almoço.

Condições de trabalho.
Suas condições de trabalho são péssimas, trabalham de dez a onze horas por dia, seus salários são totalmente mal destribuídos, muitos morrem de fraqueza ( por não comerem ) ou pelo forte sol que causa baixa pressão, etc. 

Crítica a esse tipo de trabalho.
Na minha opinião a exploração deveria ser esclarecida a todos para terem consciencia que esse ato pode prejudicar um ser humano como nós. Fico indignada com pessoas em pleno século XXI terem a capacidade de pensar que a exploração humana seja a melhor maneira de conseguirem ter dinheiro ( ou algo assim ). Diminuir salários e tratar os outros como nem devemos tratar um animal é falta de respeito e pra mim, pessoas assim, nem merecem uma moral!


Escravidão no Brasil hoje.
- Reportagem:
Escravidão em ferrovia paulista: detalhes e repercussão.

Reportagem exclusiva disseca flagrante de trabalho escravo ocorrido na linha férrea Santos-Mairinque, concedida à empresa ALL. Isoladas em contêineres na Serra do Mar, vítimas enfrentavam degradância, descaso e ameaças
Por Maurício Hashizume

São Paulo (SP)
- O flagrante de trabalho escravo na manutenção da Ferrovia Santos-Mairinque, administrada pela América Latina Logística (ALL), ganhou destaque em dezembro último por dois motivos principais: pela prisão em flagrante do dono de empreiteira menor subcontratada para fazer o serviço e por ter ocorrido nas cercanias da maior cidade do país.

O caso reserva, porém, outros traços e pontos complementares que não vieram à tona na época do ocorrido. Novos detalhes - e o posterior comportamento das empresas e agentes envolvidos - são apresentados nesta reportagem especial da Repórter Brasil, que acompanhou todos os lances da operação.

Ao final da fiscalização, 51 trabalhadores foram libertados pela fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP), em  ação conjunta com a Polícia Civil e com a Secretaria Estadual de Justiça e Defesa da Cidadania (SJDC). Todos atuavam na manutenção de trilhos e dormentes em trecho da ferrovia concedida à ALL que atravessa o Parque Estadual da Serra do Mar, entre Embu Guaçu (SP) e Santos (SP).

O quadro de aliciamento, retenção de documentos, cerceamento da liberdade e condições insalubres e desumanas (marcada pelos alojamentos precários e isolados em contêineres no meio da mata) - pintado pelo delegado Laerte Marzagão na entrevista coletiva convocada no dia da ação - ganha uma dimensão mais concreta nos depoimentos dos trabalhadores.

"A única lei que vale mesmo aqui é a de que o trem não pode parar", declarou uma das vítimas à Repórter Brasil. O próprio recrutamento das vítimas - boa parte delas vindas de Santo Amaro da Purificação (BA), atraídas, sob ardilosas promessas, por um intermediário da M S Teixeira (quarteirizada da ALL, que contratara inicialmente a Prumo Engenharia) que recebera R$ 50 por cada trabalhador arregimentado - teria sido solicitado, com urgência, para suprir a lacuna deixada por uma outra subempreiteira que perdera espaço na prestação de serviço. Esta última foi preterida por causa da verificação de tombamentos de composições em trechos por ela conservados, sem qualquer relação com as aviltantes condições trabalhistas oferecidas.

"O nosso trabalho garantia o funcionamento de uma das principais vias de circulação de mercadorias que movimenta o Brasil. Mas, assim como nas guerras, só os ´sargentos´ são lembrados. Nós, que estamos na ponta fazendo o nosso serviço, não somos valorizados", completou outro trabalhador. Os libertados recordaram de episódios em que, para recolocar vagões descarrilados de volta para os trilhos, fizeram intenso esforço físico desde a tarde de um dia até a manhã do outro, sem pausa ou refeição.

Nos dias normais de trabalho, conservadores de vias e auxiliares começavam os trabalhos às 7h e seguiam até às 17h, de domingo a domingo, com supostos descansos de oito dias a cada três semanas (22 dias). Se quisessem tirar as folgas asseguradas por lei, contudo, eles eram obrigados a desocupar os alojamentos mantidos pelos empregadores, como confirma outra vítima libertada. "Fui pedir a folga e disseram assim: ´Se quiser, tire. Mas fora do alojamento´. Eu não tinha onde ficar fora do alojamento. Nem o que comer. A única opção era continuar trabalhando".
Fonte: Repórter Brasil

Texto crítico.
Na reportagem vimos que a maioria dos escravos não tem nem onde morar. Com isso, mesmo querendo parar de ser explorado não poderia, pois não teria a onde dormir, e muitas vezes os exploradores levam lucro com esse tipo de caso. Essas pessoas que levam vantagens com as condições ruins dos outros deviam sofrer como elas sofrem, pois o egoísmo em suas mentes fala mais alto!

Postado por: Laura Rangel

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